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Olhe que não, shô Doutor! Olhe que não...

Verdades absolutas sobre basicamente tudo.
All great truths begin as blasphemies.
Nem mais. Porra. 

23 de fevereiro de 2006

Músicas do Sempre (II)

1992. Ano em que o pai do Bush d’agora vomitou para cima do primeiro-ministro do Japão. Ano em que Bill Clinton, ao ser eleito, deu início a uma jornada que culminaria na adjunção de um novo sentido à expressão “ter uma conferência na sala oval.” Ano em que, findo o boicote cultural, Paul Simon é o primeiro artista a actuar na África do Sul, levando milhões de nativos daquele país a perguntar “Hã? Mas era isto que andávamos a perder?”. Ano em que a Sinead O’Connor, e já que o penteado anti-piolhada e a música choramingas não pareciam ser suficientes para atingir o estrelato, rasga uma foto do Papa em directo num programa de variedades. Ano em que, sem que eu percebesse quem eram os maus e os bons, começou a cowboyada nos Balcãs.














Mas, essencialmente, ano de “Amor de Água Fresca”, na voz, viola e, porque não lembrá-la, camisa de flanela de Dina. Esta cantiga representa um marco na história de Portugal. Representa o final do Festival da Canção enquanto fenómeno relevante no panorama português. Enquanto fenómeno aglutinador de massas, de patriotismo e de sentimento de comunidade. É manifesta a existência de um “Festival da Canção antes d'Amor de Água Fresca” e um “Festival da Canção pós Amor de Água Fresca”. Depois de “Amor de Água Fresca”, o entusiasmo à volta dos festivais da canção foi decaindo exponencialmente, com nomes como Tó Cruz, Célia Lawson, Alma Lusa e o inenarrável, e sempre demasiado contente para alguém que diz ser um homem, Rui Bandeira, a mostrarem-se incapazes de gerar interesse e de meter a nação a trautear refrães míticos. Enfim, artistas que não estavam preparados para viver com a sempre latente sombra do “Amor de Água Fresca”, o incontestado auge em termos de cantigas que o Festival da Canção deu a conhecer ao país.

Além de, embora inadvertidamente, a cantiga de Dina ter arrasado com o fenómeno Festival da Canção, a dita mostrou-se ainda capaz de, finalmente, esclarecer uma posição referente a um pódio muito específico. À pala do “Amor de Água Fresca”, Dina é, actualmente, não só em termos musicais, como ao nível de todo o showbizz, a fufa mais célebre do nosso país. O seu “Amor de Água Fresca” é uma ode ao amor lésbico, ao esfreganço e à lambição. Basicamente, naquele seu hit, Dina enumera uma série de frutas e faz disso uma canção. A questão central aqui é que, de entre tanta fruta, não tenho havido espaço para uma banana. Fruto fálico por excelência, a banana foi, clara e propositadamente, arredada do “Amor de Água Fresca”. Dina fez questão de mostrar que não gosta de bananas. Até abrunhos, romãs e abacates, a senhora foi buscar. Até fruta estrangeira, como a pêra francesa. Mas nada de bananas, que é bem mais nacional e comum nas cestas das portuguesas. A mensagem não podia ser mais clara e, a partir de 1992, quando se falava em lamber carpetes ou bater pratos, Dina passou a ser a referência. A indiscutível número 1. A mais famosa portuguesa a odiar bananas e a adorar abrunhos, o primo feio das ameixas.

Destronou Lara Li do trono da fufice. A senhora que, com "Telepatia", uma balada dedicada à amada distante, com quem, palavras dela, partilhava um “segredo”, reinou durante anos a fio. Se bem se lembram, “Telepatia” tinha uma parte falada, em que uma voz bastante grave, debitava uns lugares-comuns da lamechice romântica. A voz era, pouca gente sabe disto, a voz normal de Lara Li. “A voz”, como ela lhe chamava, “de ir à oficina”, falar sobre calços de travões, de jogos de juntas e de buchas de suspensão. Lara Li tinha outra canção que ficou famosa. Uma UHFada, de seu nome “O Rapaz do Cubo Mágico”, composição pejada de metáforas relativas a determinado estilo de vida que tanto lhe dizia. Aliás, basta, para encarar logo a canção com outros olhos, trocar, no próprio título, “rapaz” por “rapariga”. E “cubo” por “clítoris”. Seja como for, duas cantigas para marcar posição, “Telepatia” e “Rapaz do Cubo Mágico”, demonstraram-se insuficientes perante o furacão que foi, e é, o “Amor de Água Fresca” de Dina. A verdade é que Lara Li acabou mesmo por perder a tal liderança e o Festival da Canção é agora um programa pautado pela melancolia e obscurantismo mediático. Em ambos os casos, de vez, digo eu.

Outras músicas:
Wind of change


Anonymous Anónimo said...

era melhor só trocar "cubo" por "clitoris"!  


Blogger J. Salinas said...

Também me parece bem que sim. Vou já tratar disso.  


Anonymous Anónimo said...

Clitoris é um pénis subdesenvolvido. Um cubo tem seis faces. Mais não digo... tirem vocês mesmos as vossas conclusões.  


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