Se isto não coisar clique aqui e assim. Olhe que não, shô Doutor! Olhe que não...: Músicas do Sempre (I) <body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d6653557\x26blogName\x3dOlhe+que+n%C3%A3o,+sh%C3%B4+Doutor!+Olhe+que+n%C3%A3...\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://olhequenao.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://olhequenao.blogspot.com/\x26vt\x3d7389713827762172843', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>
Olhe que não, shô Doutor! Olhe que não...

Verdades absolutas sobre basicamente tudo.
All great truths begin as blasphemies.
Nem mais. Porra. 

10 de maio de 2005

Músicas do Sempre (I)

Portugal é pródigo em dar visibilidade e credibilidade de mercado a bandas e intérpretes que não parecem ter fãs em mais lado nenhum do mundo, ou, quanto muito, a bandas e intérpretes cujo auge artístico já lá vai há tantas calendas que os verdadeiros admiradores já nem se lembram do próprio nome, de onde moram ou da última vez que mijaram depois de levantar o tampo da sanita. Ora bem, embora eu até seja dos primeiros a reconhecer que o Cliff Richard, cuja casa no Algarve o ajudou a gerar uma espécie de ligação fossilizada aos tops nacionais de vendas dos Best Of’s (todos iguais) que lança ciclicamente, até será o supra-sumo deste fenómeno de perpetuação de ídolos com períodos de verdadeiro sucesso contemporâneos da descoberta do fogo, acabam por ser os Scorpions, melhor banda germânica de sempre (*), a ocupar um lugar especial no meu coração. E muito por culpa de um hino memorável, ‘Wind of change’, cujo início, uma mescla entre o som de um vento misterioso e um assobio inesquecível, faziam arrepiar qualquer animal vertebrado. Mais que o vento, que até dava nome à cantiga, fascinava-me o longo, quase ininterrupto, melodicamente perfeito, assobio, o qual até hoje nunca fui capaz de reproduzir em condições porque as minhas capacidades nessa área são equivalentes às da Rita Ribeiro como actriz, cantora e, pronto, ser humano. Certo, certo, é que aquele assobio me parecia mais uma criação divina, um gesto cujos níveis de dificuldade o colocavam numa padrão tão elevado que, na altura, só o sapateado se parecia chegar perto em termos de exigência.

‘Wind of change’ é, juntamente com a ‘Voyage, voyage’ da Desireless (senhora que eu pensava que era a Brigitte Nielsen) e a ‘Final Countdown’ dos Europe, uma das músicas que mais vezes ouvi no ‘Deixem passar a música’, o equivalente de então do ‘Top +’ actual. Como todas as músicas calmas que existiam, também o hit dos Scorpions me parecia uma música romântica, até porque, vá-se lá saber, vinha sempre incluída nas colectâneas ‘Romantic Rock’, compilações periódicas cujo único critério de selecção musical parecia assentar na lamechice das canções, mesmo que estas viessem munidas de letras explícitas que nos diziam para bebermos sangue humano e/ou mutilarmos pequenos roedores com os nosso incisivos. Até nem é o caso de ‘Wind of change’, a qual, vim a descobrir recentemente, brotou da mente brilhante de um Klaus Meine inspirado por uns certos ‘ventos de mudança’ que já se faziam sentir aquando da participação da banda alemã num festival de música em Moscovo. E não é que estes boches roqueiros com dotes premonitórios tiveram uma sorte do caraças e, poucos meses depois, o ‘vento da mudança’, o mesmo que lhes tinha arrefecido as trombas uns meses antes na capital russa, atirou com o muro de Berlim para o chão? Dito e feito, a música tornou-se automaticamente no hino oficial da queda (menos para o David Hasselhoff) e os Scorpions venderam milhões de discos, tendo até gravado uma versão em russo da cançoneta. Escusado será dizer que os Scorpions sempre venderam muito bem em Portugal e, poderão até dizer alguns analistas socio-musicais, tal sucesso se deve sobretudo ao facto de os portugueses estarem sentimentalmente ligados a estas coisas das cantigas de intervenção e reconhecerem essas características nas baladas dos Scorpions, ergo, identificando-se com a banda e comprando discos em barda. Duvido. Venderam, e vendem bem, porque tem uma música com um assobio fixe.

(*) Se alguém conseguir usar este argumento sem se rir, é, desde já, merecedor da minha admiração.


Anonymous Anónimo said...

Fiquei fascinado pela prosa, enchi-me de coragem e fui até ao site dos Scorpions. Não é que encontrei lá as letras das versões russa e espanhola do Wind of Change? Ele há coisas do camandro.

http://www.the-scorpions.com/english/discography/singles/wind_of_change_russian.htm#1.Wind Of Change (Russian)  


Blogger J. Salinas said...

Não sou um especialista, e longe de mim querer criar polémicas, mas a versão em russo parece fazer ainda mais sentido…  


Blogger Freekowtski said...

Pedro, eu tenho esta dúvida que me persegue há imenso tempo: porque é que esta banda se chama Scorpions? São todos do signo escorpião? Poderiam eles eventualmente se ter chamado The Capricorns, The Cancers ou...pior....The Virgins?  


Blogger J. Salinas said...

Pensei com força (fui ver ao google) e parece que os senhores gostavam da sonoridade do nome, achavam que tinha pinta e que era facilmente compreensível em todo o mundo...  


Blogger Freekowtski said...

Pois, uma história banal para uma banda banal.  


Anonymous Anónimo said...

Pois eu acho, como citado no texto, Scorpions a "melhor banda germânica de sempre" e até hoje, só havia escutado a Wind of Change em inglês mesmo.
Estava eu ouvindo um MP3 deles que meu pai me deu, e achei nele as versões em russo e em espanhol que, realmente, me fascinaram muito.  


Anonymous Anónimo said...

e aquele par de rapazes simpáticos, os modern talking  


Anonymous Anónimo said...

Como grande fan destes senhores, a quem alguns chamam de saloios (leia-se nas entrelinhas), sou obrigado a responder a quem os banaliza. Estes senhores tocam desde 1972 (antes de eu e muitos de vós ter nascido). Não quer dizer que por tocarem à tanto tempo, sejam realmente bons, mas são!!! Para vos provar, oiçam o World Wide Live (1985) e percebam a força desta banda. Mas o tempo não perdoa. E como prova disso(parece as antigas aulas de Análise Matemática onde todos os exercícios tinham um objectivo comum, provar qq coisa que nunca percebi o quê!!), vejam os Metallica (banda de que sou fan até ao And Justice... o que é que o último álbum destes senhores tem a ver com o Kill'am All, mas nos Metallica ninguém toca!! Mais uma prova disso (mais um exercício de matemática), Amália cantou até morrer e a sua vós no início de carreira em nada tinha a ver com o fim. Fica provado que o tempo não perdoa! Percam 1 horita e oiçam o WWL, e depois façam justiça!!!  


Anonymous Anónimo said...

Epa saloios ou banais pk?
Devo-vos dizer que sou fã incondicional de Scorpions, e só mesmo quem conhce a sua dicografia, personalidades, enfim a vida deles mais detalhada percebera os grandes talentos que sao.
Exemplos de amizade extrema, um amor a musica eao estilo de vida que levam inconfundivel.
Para alem disto, sao a unica banda em que tem muita mas mesmo muita musica boa atras dakeles 'still loving you' ou 'wind of change'.
Sao um exemplo de bem ROCK.
E ainda gostava de saber o pk dos saloios????
Duvidam do talento do jabs?  


Enviar um comentário

© J. Salinas 2005 - Powered by Blogger and Blogger Templates