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Olhe que não, shô Doutor! Olhe que não...

Verdades absolutas sobre basicamente tudo.
All great truths begin as blasphemies.
Nem mais. Porra. 

4 de outubro de 2006

A negação da Roda - O veredicto

Na visão de leigos, e parvos de um modo mais geral, o facto de o título de pior invenção de todos os tempos estar, neste preciso momento, a ser disputado entre duas peças de vestuário, pode parecer curioso. É um erro natural e até cândido. É como pensar que aquele livro do Miguel Sousa Tavares, o “Não te deixarei morrer, David Crockett”, era sobre o gajo do Miami Vice. Parece que não é. Folheei-o há dias no Continente. Aliás, cheguei a ler qualquer coisinha e tudo. Levei-o da secção dos livros e assim até à secção dos enchidos. Queria ver se tinham aquelas amostras de chouriço com um bocadinho de broa. Ou pão, não me importo mesmo nada se forem de pão. Gosto é de comer à pala. Não gosto é quando as amostras são todas da mesma iguaria. Assim só posso comer uma. Quando são de várias, posso-me armar em connaisseur e provar todas. Se são todas iguais, e como mais que uma, vou parecer apenas um gajo que quer é almoçar amostras de enchidos. E sou. Mas não quero que se note. Seja como for, aqueles ordinários nem tinham amostras. No caminho, passei pela secção dos congelados. Por sistema, tento sempre evitar a secção dos congelados. É lixado estar vestido à Verão e depois ter que atravessar uma zona que exige que se vista um Kispo. Mas, no Continente, tenho que passar pelos congelados. Ou isso, ou a zona dos pensos higiénicos e coisas da L’Oréal para pintar o cabelo. A outra hipótese é a dos tampos de sanita. Prefiro passar nos congelados, e rapar frio, a passar na zona dos pensos higiénicos ou dos tampos de sanita e parecer que preciso de pensos higiénicos ou um tampo de sanita. Eu sou muito homem. Nem sei para que raio serve o tampo da sanita. É isso e o bidé. Parece um sidecar da sanita. Passo nos congelados, mas a correr. Nesse dia, passei nos congelados a correr e com o “Não te deixarei morrer, David Crockett” na mão. Logo quando peguei no livro, estranhei o facto do Don Johnson não estar na capa, mas pensei que fosse por causa dos direitos de imagem e essas coisas. Parece que, afinal, o livro não passa de um florilégio de opiniões e pensamentos do Miguel Sousa Tavares. O título engana com’ò caraças. Nem consegui perceber o que ameaçava o gajo do Miami Vice em concreto e como é que raio o Miguel Sousa Tavares tencionava salvá-lo dessa morte iminente. Só por causa da tosse, deixei o livro na zona dos enchidos. Com uma alheira a marcar a página.

Mas sim, o título de pior invenção de sempre decide-se mesmo entre duas peças de vestuário. De um lado, os calções de ganga em homens. Nada tenho contra a ganga. Acho que, sim senhoras, é um tecido com qualidades. Mas só serve para calças. Não vale a pena meterem-se com invenções e desatar a aplicar a ganga a tudo. Mas eles desataram. Depois do sucesso que foram as calças de ganga, eles logo promoveram selvajarias como os coletes de ganga ou as camisas de ganga. Levaram o conceito muito para além dos limites do imaginável, e até cortinados e sofás de ganga fizeram. Eu já vi um sofá de ganga. E até me sentei nele. É tal e qual como sentarmo-nos num monte de casacos de ganga. Não me lembro de, em toda a minha vida, ter sentido que o que me apetecia mesmo era enterrar os ananases num monte de casacos de ganga. Quer dizer, agora até m’apetece, mas só porque me pus a falar nisso. Eu percebo que, uma vez descoberto um tecido inovador e que tinha feito tanto sucesso na sua versão calça, se tenha a urgência de aplicar aquilo a tudo. Mas há que ter tento. Não se vai agora aplicar uma boa invenção a tudo. A palhinha também é uma invenção toda pimpona e não é por isso que se vai agora tentar convencer o mundo que também serve para comer geleia, marmelada ou salpicão. Não dá mesmo. Temos que fazer muita força e ficamos com aquela impressão que os nossos tímpanos ficaram maiores e o cérebro mais pequeno. Ora, por muito boas que sejam as invenções, o seu espaço de aplicação será sempre finito. Há que optimizar os recursos e não aplicá-los à balda. Nestas coisas, lembro-me sempre do Michael Kinght e da forma como geria o Turbo Boost do KITT. O Michael usava o Turbo Boost uma única vez por episódio. Havia uma racionalização do recurso em questão e, consequentemente, a sua utilização foi sempre optimizada. Não ia usar o Turbo Boost para saltar poças ou cercas. Passava era por cima das poças e levava as cercas à frente, era o que era! E usava sempre o Turbo Boost da melhor forma. Quando precisava de saltar rios grandes e coisas assim. Ou rios que tinham pontes daquelas que se levantam para passar um barco e no preciso momento em que o KITT ia a passar se tinham levantado. E o mau já estava do outro lado do rio, claro. Se o KITT não tivesse com pressa, esperava que o barco passasse e a ponte descesse outra vez. Sim, porque o KITT não é como aqueles polícias que, só porque estão atrasados para o torneio de sueca lá na esquadra, ligam as luzinhas para passar à frente de toda a gente. Assim como assim, tivesse-se o mercado da ganga lembrado do Michael Knight e do KITT e, provavelmente, hoje estaríamos livres dos calções de ganga em homens. Depois verifica-se a chatice de ver a ganga – que, reitero, é uma invenção com carácter - associada a uma das piores invenções de sempre.

Como concorrente directo dos calções de ganga em homens, temos os bonés com rabo-de-cavalo incluído. Neste particular, alguns incautos poderão dizer “oh, mas ninguém usa isso.” Lérias. Usa, que eu já vi. É como dizerem que aquilo de pisar um ancinho que está no chão e levar com o cabo nas trombas só acontece nos desenhos animados. Acontece o tanas! Também já vi. Foi ontem e tudo. O senhor não ia perseguir o rato do Tom e Jerry, nem o Bip Bip, mas teve piada na mesma. Em termos de boné com rabo de cavalo incluído, o que custa realmente a crer é que, a determinada altura da História, num determinado ponto do nosso imenso planeta, alguém tenha estruturado um pensamento em tudo semelhante a “chiça, pá, o que me faz mesmo falta, assim no que concerne à apresentação pessoal e coiso, é parecer que, quando uso boné, tenho cabelo comprido enrabichado”. Eu fico parvo quando oiço gente de fato a falar na televisão e dizer que o paleio do Hitler era pasmoso, até porque convenceu o povo alemão a apoiá-lo. E a lábia do gajo que inventou o boné com rabo-de-cavalo incluído, hã? Pá, há judeus chatos com'à potassa. Eu, que não sou nenhum Hitler, não demoro mais de cinco minutos a convencer meia dúzia de reformados a limpar o sebo a judeus com as malhas de chinquilho. Agora, fazê-los usar um boné com rabo-de-cavalo incluído? Queria ver o Hitler a tentar essa, queria. Mas com legendas, que eu não falo alemão. É, então, sem nenhum critério objectivo e argumento válido, que me decido pelo boné com rabo-de-cavalo na corrida para o título de pior invenção de sempre. Porquê? Porque, há bocado, quando andava à procura de pornografia com a temática "moças de signo Sagitário", encontrei isto:


Relega os chapéus com rabo-de-cavalo incluído para um plano absurdamente secundário, mas mostra que no porfiado combate destes últimos com os calções de ganga em homens, há aliados de peso.


Blogger Rantas said...

Um regresso em grande!

Essa do bidé ser o sidecar da sanita está verdadeiramente fabulosa!  


Blogger Nuno said...

eheh brutal, excelente, espero plo proximo, das poucas coisas que têm o talento de me fazer rir desalmadamente, seja lá o q isso quer dizer :)  


Blogger nana said...

muito bom! :-DDD  


Anonymous Anónimo said...

Ráis-ta-porra lá mais ó que eu me ri.  


Blogger Filipe Pereira said...

Eu sou muito homem. Nem sei para que raio serve o tampo da sanita. É isso e o bidé. Parece um sidecar da sanita...

GENIAL caro  


Blogger Filipe Pereira said...

Acabaram os problemas: http://www.us.kohler.com/onlinecatalog/c3toiletseats.jsp  


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