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Olhe que não, shô Doutor! Olhe que não...

Verdades absolutas sobre basicamente tudo.
All great truths begin as blasphemies.
Nem mais. Porra. 

19 de abril de 2006

A Lei da Paridade











Parece que “eles”, ou alguns deles pelo menos, lá fizeram com que a representação parlamentar passe, não sei quando, a obedecer a uma espécie de lei da paridade. Basicamente, todas as listas que concorrem àquilo das eleições terão, a partir de não sei quando, que incluir um terço de senhoras entre os nomes a sufrágio. Ou seja, pelo menos para começar, a cada dois homens, deve entrar também uma dama. Parece-me ajustada, esta coisa do “Dois homens para uma mulher”. Por defeito, concordo com todas as medidas políticas que vão beber inspiração a cenários de filmes pornográficos, mas, devo confessar, não me parece bem a mesma coisa ver um “dois marmanjos para uma cachopa” protagonizado pela Jenna Jameson e ver – ou, para o efeito, tentar sequer imaginar – um com a Edite Estrela ou a Maria de Belém. Mas se calhar é uma questão de hábito. Aqui há uns anos, eu também não gostava de fava-cavalinha, mas lá que me fui acostumando e às vezes até chego a sentir falta daquilo.

Ora, mergulhando, como se impõe, a fundo na questão, porquê mudar? Porquê uma lei de paridade? Que tipo de mulher procuram, afinal, os arautos desta nova lei? Em termos de parlamento, o que é afinal uma mulher? Será a Zita Seabra uma mulher no sentido em que a Joana Amaral Dias é uma mulher? Seja qual for a quantidade de álcool ingerido ou a força da coacção, há que admitir que dificilmente o será. Para não dizer mesmo, acompanhado de um vómito seco e um esgar de nojo, “Foda-se, que comparação!”. A Zita Seabra será, no limite, no máximo dos máximos, no infinito dos infinitos, uma mulher num sentido “se o Charles Bronson não tivesse bigode, e uma pila, era assim”. E isso não é lá muito.

Ou será que, por outro lado, e se os traços de feminilidade não interessarem por aí além, basta ter um nome de moça? Então e o Vera Jardim, que até nem é assim tão mais feio que a Zita Seabra? Conta como senhora, é? Vera é mais feminino que Zita. Zita, quanto muito, é um nome que até caminha mais para o híbrido, para aquela zona de ninguém. Para o futuro, onde tudo é assexuado e onde o roçamento factual é um acto ultrapassado. E é, claro, um nome que desconsidera tudo o que quem o carregue é e conseguiu na vida. “A deputada Zita”. “A senhora Zita”. “A vizinha Zita”. O nome carrega consigo um sentido diminutivo muito forte. De desprezo. É um péssimo nome, por uma série de razões. E lá está, se é pelo nome, o Vera Jardim é mais mulher que ele. Ela, aliás. Que a Zita.

Se imaginarmos o Parlamento como uma discoteca, tudo fica mais fácil de compreender. É até um exercício bastante simples. O Parlamento foi, durante uns tempos, a discoteca preferida de uma gaja boa. A Joana, que gostava muito de dançar e aparecer. Mas, acima de tudo, era boa. Aliás, e para os padrões a que os pobres diabos que por lá andam há décadas estão habituados, absurdamente boa. Cósmica, mesmo. Rapidamente se espalhou a boa nova de que havia uma nova boa, e, em pouco tempo, toda a gente queria ir ao Parlamento. Ver o avião. A gaja boa. No meio da confusão, tocar, sub-repticiamente, mas nem por isso de forma pouco sexual e ímpia, na gaja boa. E, quem sabe, até tentar embeiçar a gaja boa. Foi o auge do sítio. O Parlamento registou níveis de afluência nunca antes vistos ou sequer imaginados. Mas, quando se deu por ela, já o Parlamento estava cheio de gajos e a gaja boa tinha-se pirado. Fazia-se agora acompanhar de um ancião trovador que também frequentara, e diz-se que ainda frequenta, o espaço de tempos a tempos. Os novos donos do Parlamento perceberam isso. Que já não havia Joana, o mulherão, e que havia muitos homens. As poucas mulheres que ainda por lá andavam eram aquelas que já se confundem com a mobília. E confundem-se não porque eram as de sempre, porque são as mesmas há muito tempo, mas porque parecem mesmo armários, guarda-fatos e mesinhas de cabeceira. Duas delas, que andam sempre juntas, até parecem um sofá-cama e uma escrivaninha. Vai daí, mesmo os mais assíduos, os clientes de sempre, começaram a faltar. A chegar tarde e a sair cedo. As matinés começaram a ficar às moscas. Havia que tomar medidas drásticas. Atrair os homens, atraindo uma das poucas coisas que os atrai. Gajas, portanto. A estratégia assenta sobretudo na fé que, aumentando-se o número de mulheres, uma ou outra possa ser jeitosa. E, desse modo, trazer de novo a alegria e a assiduidade para o Parlamento.


Anonymous Anónimo said...

Seguindo ainda a analogia, calculo que os lugares na administração de empresas publicas e/ou privadas seja para os deputados uma espécie de barraca das bifanas e cachorros para onde se vai depois de sairem do parlamento/discoteca.  


Blogger J. Salinas said...

Sim, está bem visto. No Parlamento, divertem-se, dançam, riem. Enfim, lixam quem está cá fora, quem não pode entrar. Mas é nas barracas das bifanas que acabam por encher a pança como gente grande.

Já agora, costumo pedir uma bifana especial. Sem molhos, que esses dão-me ardência nos lábios.  


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