As eleições para o parlamento europeu registaram um nível de abstenção que, embora não escandaloso, conseguiu bater todos os anteriores. Está mais que visto que é preciso inovar. O actual processo não convence ninguém a ir às urnas. As pessoas não gostam de voltar a escolas secundárias onde apanhavam no focinho todos os dias, onde lhes roubavam o lanche e onde os benziam na sanita. Não gostam que digam o seu nome em voz alta numa sala cheia de desconhecidos, especialmente se tem um nome idiota que dá para fazer trocadilhos fáceis. Não gostam que lhes digam que o voto é para dobrar em quatro e não quatro vezes!
Além disso, as pessoas reparam que quando é para as escolhas que realmente interessam, ninguém os convoca para uma votação. O exemplo mais escandaloso foi o dos 23 escolhidos para o Euro 2004. Se ninguém chamou o povo para decidir se o Baía devia ou não ir à selecção, porque é que raio o povo se havia de sentir tentado a eleger 24 deputados para umas europeias? Não dava para trocar? Meter o povo a eleger os 23 convocados para o Euro e o Scolari a eleger os deputados portugueses para o parlamento europeu?
Além disso, as pessoas reparam que quando é para as escolhas que realmente interessam, ninguém os convoca para uma votação. O exemplo mais escandaloso foi o dos 23 escolhidos para o Euro 2004. Se ninguém chamou o povo para decidir se o Baía devia ou não ir à selecção, porque é que raio o povo se havia de sentir tentado a eleger 24 deputados para umas europeias? Não dava para trocar? Meter o povo a eleger os 23 convocados para o Euro e o Scolari a eleger os deputados portugueses para o parlamento europeu?