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Olhe que não, shô Doutor! Olhe que não...

Verdades absolutas sobre basicamente tudo.
All great truths begin as blasphemies.
Nem mais. Porra. 

30 de maio de 2004

Super-Homo










Descobri, finalmente, a razão de ser da homossexualidade. Esta questão sempre me intrigou. Porque é que raio um homem havia de abraçar outro homem sem ser no contexto de um golo decisivo ou tocar no rabo de outro sem ser numa daquelas substituição para os aplausos?(*) Ou porque é que duas mulheres usam o cabelo curto e camisas de ganga enquanto passeiam pelo jardim de mão dada? A resposta é simples. É mais uma das muitas formas que a Natureza tem de controlar o crescimento desenfreado da população humana.

Nem mais. Se, noutras épocas, a Natureza optava por métodos mais radicais como a peste negra ou uso de déspotas sanguinários (basicamente, gajos com uma lábia do caraças que usaram esse dom para destruir meio mundo e queimar livros em vez de o usarem para sacar gajas, que seria o comportamento normal), actualmente, e seguindo a própria evolução das sociedades, a Mãe está muito mais humanizada e piedosa. Vai daí, em vez de actuar como um patrão capitalista e “despedir” (leia-se matar) milhares de pessoas duma vez, a Natureza, ao juntar indivíduos do mesmo sexo (que, até ver, não podem ter filhos em comum), optou por passar a controlar de raiz esse crescimento. Não obstante, a Natureza volta, de quando em vez, a usar o sempre eficaz método do déspota sanguinário, mais recentemente assumindo a forma de líder acéfalo que sonha com armas de destruição massiva ao serviço de regimes ditatoriais (curiosamente, só em países com uma produção petrolífera bastante considerável e em países cujos chefes de Estado tenham um penteado à Eraserhead) ou assumindo a forma de judeu com nome de detergente que vive sob a fezada de que todas as casas da Palestina albergam homens-bomba.

Seja como for, é exactamente essa a função da homossexualidade. Possibilitar a perenidade da espécie humana, procurando que as premonições de Malthus não se concretizem. Miguel Sousa Tavares, há tempos na sua crónica do público, e em relação à possível adopção de crianças por homossexuais, dizia exactamente para colocarmos os olhos na natureza. Ora, segundo o sempre mal humorado jornalista/escritor /cronista/comentador/filho de poetisa/tripeiro com um ego desmesurado (ainda por cima agora), o simples facto de nunca termos visto elefantes gay ou focas lésbicas a criar filhos em comum seria suficiente para tirarmos essa ideia da cabeça. Sim, de facto ele tem razão. Nunca vimos elefantes com qualquer tipo de comportamento que se pudesse apelidar de homossexual, como sejam usar plumas ou ocupar as esplanadas d’A Brasileira durante todo o santo dia. Nem nunca vimos focas a guiar camiões ou a ganhar ao braço de ferro a elefantes marinhos e ursos polares. Mas nunca vimos exactamente porque ainda não é preciso controlar o crescimento destas simpáticas populações. Se, por exemplo, na China existissem mil e quinhentos milhões de elefantes, tenho a certeza que não tardaríamos, e passe a relativa redundância fonética, a ver os ditos bichos transformarem-se em bichas. Tudo pelo bem comum.

Preocupante é quando aqueles indivíduos que, apesar de nitidamente talhados para uma árida vida conjunta com um ser do mesmo sexo, insistem em procriar (a muito custo e por pressões sociais) e rejeitar a missão que a Natureza tão diligentemente lhe endossou. À pala dos Cláudio Ramos da vida é que a Natureza se farta e, ocasionalmente, nos devasta com uma qualquer catástrofe.Neste sentido, aqueles que, sendo naturalemente talhados, e que, por assim dizer, "vestem a camisola" e não perpetuam a espécie, acabam por assumir o papel de autênticos super-heróis. E porquê? Exactamente porque, ao impedirem a Natureza de recorrer a métodos extremistas, salvam milhares de pessoas de possíveis desastres naturais (cheias, terramotos, cometas como naquele filme do Bruce Willis, etc.) ou mentais (Bush, Sharon, automobilistas portugueses, etc.). São os Super-Homos!

(*) Atenção! O autor do post joga futebol! Mas, quando marca golos, ou corre desalmadamente e festeja sozinho, ou finge que ficou lesionado no lance, evitando assim qualquer tipo de toque que, ainda que remotamente, se possa assemelhar a qualquer manifestação de homoerotismo puro ou camuflado. E quando é substituído, sai sempre pela linha de fundo a praguejar com o treinador.


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