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Olhe que não, shô Doutor! Olhe que não...

Verdades absolutas sobre basicamente tudo.
All great truths begin as blasphemies.
Nem mais. Porra. 

22 de maio de 2004

Adenda I

No seguimento do meu primeiro post, achei por bem ir, de quando em vez, actualizando o dito. Aqui fica mais uma descrição pormenorizada de um belo comportamento de atrasado mental profundo.

Ora bem, “pessoas” que se peidam em público e fazem questão que toda a gente saiba. Normalmente, este tipo de espécimens montam um grande circo, uma monstruosa produção de marketing, numa tentativa irrisória de tornar popular um acto selvagem e que deve sempre caracterizar por uma subtileza espartana. Uma das estratégias mais utilizadas reside no célebre “Oh puxa-me o dedo”, em que o energúmeno estica o indicador direito para um pobre observador, enquanto profere o referido pedido. Ao obedecer, o inocente indivíduo, que se calhar até pensava estar a entrar num qualquer processo de aprendizagem de uma nova charada que poderia usar mais tarde em festas e eventos sociais, irá ouvir nada mais nada menos que um sonoro traque, seguido de uma não menos estridente risada do promotor de tão nobre espectáculo.

Mas estes atrasados mentais dos peidos em público têm vindo a desenvolver os seus métodos, recorrendo também com relativa frequência àquilo que se poderá de denominar de “shhhhh! shhhh!”. Ora, neste caso concreto, o selvagem irá pedir o silêncio da plateia, através do tal “shhhh!shhhh!” e, quando todos estiverem quedos e mudos, irá soltar o seu orgulho anal, sob a forma de gás. Mais uma vez, o acéfalo espera uma grandiosa reacção da plateia, enquanto ri desalmadamente da arte que ufanamente acabou de proporcionar.

Bem, mas guardei o pior para o fim. Os gajos que tentam incendiar os seus próprios peidos. É que estes gajos fazem mesmo questão que toda a gente, num raio de 250 metros, saiba que eles se vão peidar. Os trâmites habituais desta notória manifestação de barbárie contemporânea começam por um banal pedido de isqueiro a alguém, isto claro no caso do símio que irá protagonizar o malabarismo não possuir já um. Depois o australopiteco deita-se, tenta aproximar as pernas o mais possível das orelhas, e, com a sua própria cara quase a tocar o escroto, acende o isqueiro e reza para que o gás que solta se transforme num momento único de fogo de artifício.


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