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Olhe que não, shô Doutor! Olhe que não...

Verdades absolutas sobre basicamente tudo.
All great truths begin as blasphemies.
Nem mais. Porra. 

6 de agosto de 2005

9 Canções















Vejo-me, pela inabalável falta de qualidade que caracteriza e acaba mesmo por se revelar como característica definidora do filme, obrigado a desenvolver uma pequena crítica do mesmo, com o mais nobre intuito de impedir que outros pobres diabos se vejam, como eu vi, perante o maior lixo que uma sala de cinema já foi capaz de reproduzir com a sua pessoa presente. Como o título indica, o ‘filme’ brinda-nos com nove canções, actuações ao vivo de, entre outros, Black Rebel Motorcycle Club, Franz Ferdinand, Primal Scream, Dandy Warhols e Michael Nyman. Nem vou embirrar com o facto de estar a ver clips ao vivo numa sala de cinema ser uma grandessíssima seca. E não o faço porque nem chega a ser preciso. A história: um gajo conhece uma gaja num desses concertos (penso que foi no primeiro, o dos BRMC), numa cena que nós nem temos o prazer de presenciar. O gajo, que é também o narrador da história, fala-nos a partir da Antártida e a profundidade do filme é de tal ordem que ele se vê obrigado a encher algumas das suas linhas com pormenores fascinantes sobre gelo. Bem, gajo inglês conhece gaja americana num concerto, vão para casa dele e copulam. Até aqui, tudo bem. Nos filmes, como na vida, esta é uma premissa que resulta bem. O problema é que estas duas criaturas continuam a ir a concertos (a gaja só não vai a um, como se isso quisesse querer dizer alguma coisa de relevante) e a envolver-se sexualmente depois. E pronto. É só isto. Nove concertos, nove encontros sexuais. Infelizmente, bem mais que nove minutos de filme.

O sexo é real e explícito. E ficam já a saber que é bastante desconfortável estar numa sala de cinema a ver um filme porno (que passa por intelectual) numa sala cheia de casais com idade para serem vossos pais. É como estar em casa, num dia de jantar familiar, termos o controlo do comando, passarmos por um dos tais canais temáticos da TV Cabo e, por uma série de razões funcionais, não conseguirmos mudar logo para um canal mais familiar. Aliás, o filme nem chega a ser porno, essencialmente porque os filmes porno tem bastantes mais diálogos que este ‘9 Canções’. E também usam argumentos mais elaborados. Parece-nos absolutamente natural que a voluptuosa filha de um fazendeiro se envolva em cenas de sexo harcore com os doze empregados zairenses que tratam dos cavalos. Isto resulta e é credível. Mas neste ‘9 Canções’ não há nada, não há argumento, não há premissa que envolva o acto sexual daqueles dois mamíferos. Quanto muito, este filme será um ‘home video’ de um casal do qual não queremos saber nada, muito menos o que fazem quando estão nus, que usou a mesma cassete de vídeo para gravar as suas actividades sexuais e os concertos a que assistiram. Das personagens, quando se dão a conhecer, e isto acontece bem depois de nos darem a conhecer os respectivos genitais em grande plano, dá para perceber que são, e para ser simpático, detestáveis. Falam pouco e não dizem nada de jeito, repetem-se, mostram que são enfadonhos até mais não e chegamos a desejar que pelo menos a cabeça de um deles expluda nos próximos segundos. Eventualmente, depois de nove cambalhotas e/ou derivados, a rapariga volta para os Estados Unidos e o gajo lamenta-se do ocorrido desde uma avioneta que sobrevoa a Antártida. A este ‘9 Canções’ resta-lhe, no limite, no máximo dos máximos, nos infinitos dos infinitos, a consolação de ser o filme porno com a melhor banda sonora de sempre. De outra maneira, nunca verão o título ‘9 Canções’ na mesma frase que a palavra ‘melhor’.


Blogger Jardas said...

Pedro, Pedro, Pedro... ai, ai, ai...
O teu post decepcionou-me muito, embora eu respeite a tua opiniao (longe de mim a ideia de criticar a tua crítica!).Mas deixa-me dizer no entanto que acho que não percebeste grande coisa do filme. Eu vi este filme e embora não seja um filme aberto a todos, trata-se de cinema que eu chamo "feeling cinema", isto é cinema que não precisa de grandes diálogos, de grandes cenas de acção ou de detalhes fúteis, mas que se baseia nos sentimentos e no que se extrai da película, ou seja tudo aquilo que consegues sentir no teu subconsciente mas que não é comum aos teus cinco sentidos. É um pouco difícil perceber este género de filme, mas são os filmes que são os mais verdadeiros, os que tocam mais à realidade espiritual da nossa sociedade. Dou-te mais um exemplo deste tipo de filmes: "O Fabuloso Destino de Amelie Poulain". O "9 songs" é outro que nos quer tocar ao de dentro, e não superficialmente como fazem todos os filmes de cinema dito "normal" (acção, ficção científica, horror, etc...), que nos mostram coisas invulgares (mas também banais às vezes,mas é muito mais raro) e nos fazem reagir banalmente. Também gosto de ver este género de filmes, mas acho que há que perceber os dois tipos de cinema: o problema vem de nós, que estamos ou não aptos, abertos e dispostos para perceber uma visão diferente do que nos rodeia e seguir aquilo que é banal e nos transmite o invulgar.

Bem haja, e se quiseres, passa pelo meu blog! ;)


http://jardices.blogspot.com  


Blogger J. Salinas said...

Já há muito que constatei que, por mais merdoso que seja o filme, e o ‘9 Canções’ preenche este conceito escatológico na perfeição, há sempre gente que adora, venera, passa a ver o mundo com outros olhos e, mais importante que tudo, diz aos outros que se não gostaram é porque não perceberam. Há sempre teorias e pessoas que acham o filme genial.

Este filme é uma tentativa básica de chocar as pessoas com as cenas de sexo explícito. Nada mais. O problema é que não é isso que choca. O que choca é o facto do filme não ter argumento, actores, enredo, ponta por onde se lhe pegue, personagens, etc., etc. Sinceramente, não sei como algum produtor foi capaz de pegar nesta desculpa patética para um filme. Se era para vermos sexo, fazia-se mais um Garganta Funda (desta vez com uma gaja boa, de preferência e a quem tenham sido apresentados alguns aparelhos depilatórios), filme que pelo menos tinha uma história (e de uma credibilidade intransponível) e personagens que sustentavam o acto sexual em si. O Academia de Polícia tinha hoje 7 Óscares de melhor filme se a concorrência se limitasse a filmes da craveira deste ‘9 Canções’.

Cumprimentos  


Anonymous Anónimo said...

Jardas pá, geralmente diz-se: "gostei muito do teu blog, vem visitar o meu" e não: "és um mentecapto que não percebe nada de cinema, e já agora visita o meu blog".  


Blogger J. Salinas said...

João, não sejas intelectualmente rasteiro, pá! Percebe-se perfeitamente, nas entrelinhas do seu discurso, que o prezado Jardas estava a tecer rasgados elogios à forma elaborada (assente na premissa "é a pior merda de sempre!") como descrevi o... enfim... filme '9 Canções’.  


Blogger Jardas said...

Tou a gostar muito de ouvir os vossos pontos de vista...

Só para "despachar" o João com a sua crítica (que afinal não é nenhuma porque eu apenas me baseei no comment SOBRE O FILME para criticar), eu não disse que o Pedro não percebe nada de cinema: ele só tem uma maneira diferente de apreciar a sétima arte e de ver o que lhe mostram à frente. Cada qual a sua maneira de ver, e tu também hás-de de ter a tua, mas as tuas alegações sobre o meu suposto ponto de vista são totalmente falsas porque sentiste-te no direito de deduzir algo que eu não nem nunca pensei, sendo que para criticar o Pedro, era preciso conhecê-lo antes. Mas não conheço, portanto calo-me sobre a sua pessoa e só falo sobre os seus dizeres. Aconselhava-te a fazeres o mesmo, mas é só um conselho, depois fazes o que quiseres, isso já não é comigo...

Pedro, eu não achei o filme genial, mas simplesmente tocante e diferente, e aí reside o seu sucesso. Concordo contigo num aspecto, no sentido em que muita gente foi ver este filme para ver sexo, e não viram o "além", o que está por detrás da simples película. Posso parecer louco, mas num filme, há sempre aspecto escondidos, e é aquilo que tentei dizer quando afirmei que das banais, há filmes (como o "9 songs") que nos transmitem o invulgar. Quando olhaste para a mulher e o companheiro no acto sexual, no concerto, durante o pequeno almoço... Eram cenas banais, mas será que conseguiste sentir algo? Se calhar não, mas eu senti ali algo místico que fazia do banal, um sentimento invulgar. Quanto ao facto de não ter história, também posso concordar contigo se vais para o cinema para ver te divertires e mudares de ar, mas se fores là para ver Arte, não podes estar à espera de ver algo convencional com princípio, meio e fim.

Ressalvo finalmente que isto é o MEU ponto de vista, e respeito o vosso (a todos) também. Afinal, é para isso que servem os blogs: trocarmos os pontos de vista e opiniões mais diversas.

Última nota: ir ver o meu blog era apenas uma sugestão... Não são obrigados a là irem... ok João? :)))

Bem haja!  


Anonymous Anónimo said...

Quem disse que eu fui?
Perdi logo a vontade ao ver o tamanho dos TEUS comentários...

E só não troco pontos de vista e opiniões mais diversas acerca do filme, porque não o vi. Logo resta-me gozar, que também para isso que os blogs servem.  


Blogger Jardas said...

Correcto João, até te dou razão... Os blogs são tb para gozar (se assim o entendes, tu là sabes...).

Mas originalmente, o post era acerca dum filme, não de ti, nem de mim, nem de quem quer que fosse. Por isso, não tava à espera de ler um comment sobre a minha pessoa, mas mais sobre o filme. Daí a minha surpresa ao ler o teu 1º comment, que extrapolava sobre declarações que nunca fiz mas que, segundo tu, eu teria tecido sobre o Pedro. Não terás percebido o meu comment, será?

É só isso, mas nada... Esclarecido?  


Anonymous Anónimo said...

Se eu tivesse tecido, fazia uma saia.  


Blogger J. Salinas said...

Tiago, posso não ter gostado do Saraband (da parte que vi quando estava acordado), mas dei-me ao trabalho de escrever um post a avisar possíveis espectadores do mesmo? No Saraband eu estava cansado e fechei os olhos durante uns segundos, mas fazia tensão de continuar a ouvir os diálogos. Só percebi demasiado tarde que o filme era em sueco e o pobre Bergman acabou por me perder.

O '9 Canções' é só sexo e música. Pagar para ver os outros a fazer sexo e a curtir em concertos parece-me mais que absurdo. Prefiro pagar para ter sexo e ouvir mp3’s. O que vale é que presenciei esta diarreia cinematográfica à pala do King Kard. Se não fosse assim, tinha batido em alguém. Estás avisado!

P.S: Não fui ao King, mas ao Monumental (aquele que está sempre cheio de paneleiros).  


Anonymous Anónimo said...

Então foi por isso que nao gostaste. Havia sexo na plateia e gajos a cantar o "i will survive" (se é ainda é este o hino deles).  


Blogger papousse said...

Importam-se de repetir tudo desde o princípio?

Agora muito a sério:

- adorei o "tocam mais à realidade espiritual da nossa sociedade";

- há esfreganço do bom no Fabuloso Destino de Amelie Poulain?  


Blogger J. Salinas said...

São expressões como ‘tocam mais à realidade espiritual da nossa sociedade’ que ainda me fazem levantar da cama todos os dias (bem, nem todos…).

E sim, há esfreganço na Amélie, mas só mesmo com muito boa vontade é que se poderá classificá-lo de ‘do bom’. No entanto, e para compensar, no Amélie Poulain há uma coisa à volta do esfreganço (chamada ‘filme’), enquanto no ‘9 Canções’ não há mais nada. Já agora, tivesse este ‘9 Canções’ a Audrey Tautot como personagem principal, e a crítica muito provavelmente sofria acentuadas alterações.  


Blogger papousse said...

Todos nós sentiríamos acentuadas alterações.  


Blogger Jardas said...

OK, desisto... Temos opiniões e maneiras de ver diferentes, há que aceitar isso... Eu aceito... E vocês? Será que conseguem ou querem aceitar que não detêm a verdade?

Há duas palavras que não fazem parte do meu vocabulário: SEMPRE e NUNCA, porque ambas as palavras expressam duas coisas impossíveis. Pensem nisso...

See ya!  


Blogger J. Salinas said...

Eu nunca digo sempre... ou digo sempre nunca... qualquer coisa assim.  


Blogger Jardas said...

Whatever...  


Anonymous Anónimo said...

Jardas, eu consigo aceitar as tuas opiniões, mas no entanto não o faço porque não tens razão... e porque não quero.  


Blogger J. Salinas said...

Repararam como o Tiago tinha uma piada sobre o Sporting e tentou fazer uma pequena introdução para não parecer que tinha comentado única e exclusivamente para dizer a graçola bacoca?  


Anonymous Anónimo said...

"No Saraband eu estava cansado e fechei os olhos durante uns segundos, mas fazia tensão de continuar a ouvir os diálogos."

... Apesar da inegável mais-valia estilística do uso do termo "tensão" num universo habitado por entidades como "Prefiro pagar para ter sexo e ouvir mp3’s.", "há esfreganço na Amélie" e "é outro que nos quer tocar ao de dentro", era "tenção" o mais correcto.

...Alguém tem que vestir o corpete de perceptora teutónica de vez em quando. "Pensem nisso..." e beijinho  


Blogger J. Salinas said...

Olha, já agora, se couberes num corpete sem ficares roxa, aproveita e deixa aí o número de telefone...  


Anonymous Anónimo said...

... Fico feliz por o meu comentário não ter em nada abalado os exemplares níveis de testosterona alcançados ao longo destes comentários. Categoria.  


Blogger Little Bastard said...

Muito boa crítica, meus amigos.
Já estive muito perto de ceder à pressão alheia para ir ver o "9 Songs" (foi por aí que tudo começou, não foi?), e fui resistindo porque me cheirava que ia ser, bem, ia ser aquilo que li nesta crítica.
Muito obrigado.  


Blogger Jardas said...

FODA-SE! basta dar uma opiniao contrária e já viram o resultado? buéééééééé coments!!! Agora digam là que não foi bom ter opinião em contrário? Objectivos aparentes podem parecer outros... Dark side always... ;)  


Anonymous Anónimo said...

O Amelie e o pior filme de sempre!!! Pior que o Gendarme e os extra terrestres... Quem acha que o Amelie nos tenta tocar no fundo nao tem direito a opiniao sobre nada!  


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