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Olhe que não, shô Doutor! Olhe que não...

Verdades absolutas sobre basicamente tudo.
All great truths begin as blasphemies.
Nem mais. Porra. 

30 de março de 2007

O orgulho de Comte












Fala-se muito em altruísmo e isso. Mas, a maior parte das vezes, refere-se o conceito sem saber o que é, afinal, o verdadeiro e puro altruísmo. Eu, desde miúdo que bem sei o que é. Para ser mais exacto, desde que, no 6º ano, o meu colega Paulo, um gajo que tinha um dente da frente lascado e que chorou baba e ranho quando ouviu que a gaja dos 4 Non Blondes tinha morrido, me ofereceu um bocado de Kit Kat. Mas, atenção, estamos a falar dum senhor bocado. Eu, quando disse “ó Paulo, dás-me um conhe de chocolate?”, estava longe de imaginar o que se iria passar a seguir. O Paulo não só anuiu, como, acto quase contínuo, parte uma barra de Kit Kat para mim. Uma barra. Sendo que o chocolate em questão tem apenas quatro. Vinte e cinco pontos percentuais do chocolate para um mero colega de turma. Fiquei estarrecido. E o Paulo, no meu coração, será sempre o exemplo supremo de altruísmo. Sim, que as Madres Teresas e as Princesas Dianas nunca me deram nada. E o que há mais para aí são invejosos que ficam muito ofendidos quando pedimos para tirar um M&M e acabamos por tirar uns quatro, e abusadores que tiram quatro M&M quando nos pediram só um. Canalhice há muita. Paulos é que há poucos. Vem isto a propósito de, muito recentemente, eu ter sentido uma espécie de urgência interior para brincar um bocadinho a isso de ajudar os menos afortunados e assim. Por duas razões. Primeiro, em jeito de homenagem ao Paulo e à barra de Kit Kat, como prova de que, para além dum bocado de chocolate, eu tinha sacado uma importante lição de vida. Segundo, eu devo ser o indivíduo que mais vezes diz “eh pá, não tenho mesmo nada, juro” a mitras e afins para, nem cinco minutos passados, eles me apanharem em flagrante a comer um gelado dos grandes. Palavra de honra que já me deve ter acontecido algumas cem vezes. Portanto, comecei a sentir uma pequena impressão que me impelia a ajudar. E, depois de muito reflectir, concluí que a melhor ajuda que posso dar é deixar um par de conselhos aos sem-abrigo. Aqui, na Internet. Sim, não ia estar a ajudar um sem-abrigo mesmo na rua. Não fosse o gajo querer dar-me um passou-bem de agradecimento incontido. Não me vou arriscar a esse ponto. Mas deixarei dicas estupendamente válidas e revolucionárias. Começo por aconselhar a leitura do Diário Económico aos sem-abrigo. Faz-me confusão que não o façam já, mas enfim. Seria de esperar que eles fossem dos mais interessados no estado da economia, mas aparentemente tal não se verifica por aí além. Eu nunca vi nenhum sem abrigo a ler o Diário Económico e acho que terá que começar por aí. Em vez de lerem o Metro e o Destak, leiam o Diário Económico. Demonstra interesse e vontade em sair da rua. Têm que ser vocês a mostrar força de vontade, cambada. A economia não se vai interessar por vocês enquanto vocês não se interessarem por ela. O meu segundo engenhoso conselho diz respeito à mítica revista CAIS. A CAIS é a revista de, canta o slogan, “auxílio e apoio ao sem-abrigo”. Sim, isso é tudo muito bonito, mas que faz a CAIS? Para começar, a revista CAIS custa dois euros. Quatrocentos paus. Para ler uma revista que mais parece um livro, cheio de letras e assuntos para pensar. Assim não vão lá. Porque é que, em vez duma CAIS cara e chata, não vendem a Maria, que é tão mais barata e tem fotos de pessoas e notícias de calhandrices e novelas, e consultórios sexuais e até escolhem o bebé do mês que, por acaso, até é sempre feio como tudo e se chama constantemente Rafael, Micael ou Tomás? A Maria é coisa p’ra custar uns 250 paus e aposto que venderia bem mais que a CAIS. É altura de abrir os olhos, sem-abrigos. Ainda não perceberam que isto é uma economia de mercado, caramba? Tenham cabecinha. A CAIS não rende. É cara e ninguém compra. Vendam Marias, baratas e populares. É que, como se não bastasse já, a CAIS, que se diz de auxílio ao sem-abrigo, nem um anúncio de casas para arrendar apresenta nas suas páginas. Nem um. Nem para um T-0 em Pina Manique ou esses sítios. Que eu saiba, os sem-abrigo precisam é de casa. Não de artigos com muitas letras e palavras grandes, daquelas de ir ver ao dicionário. Mas a CAIS pensa nisso e publica anúncios? Uma porra é que publica! Pior! Uma vez que não trazem anúncios de casas, até podiam tentar compensar de outra forma. Por exemplo, revelando por onde estão espalhados os Ecopontos azuis. Não me parece complicado de perceber que os Ecopontos azuis, face à conjectura actual, são assim uma espécie de imobiliária dos sem-abrigo e acho que só ficava bem à CAIS informar os coitados relativamente à localização dos mesmos. Uma vez por outra, até revelar que Ecopontos são mais profícuos em termos de caixotes de frigoríficos ou arcas e uma ou outra máquina de lavar. Este tipo de informação poupava-lhes trabalho e maçadas, libertando tempo para outras tarefas de sem-abrigo. Inclusive para passatempos, sei lá, cenas variadas. Pronto, sinto que fiz a minha parte. Fossem todos como eu e este mundo seria um sítio bem preferível. Concordo, é o que eu acho.


Anonymous Anónimo said...

Pedro, costumo ler os teus posts e, invariavelmente, acho-os hilariantes. Este, não sei. Tudo bem que é humor e, tal como no amor, vale tudo. Segundo Baião e Lima(1998) "só não vale dançar homem com homem, nem... mulher com mulher, o resto vale". Mas o valer tudo, não implica que se falte ao respeito a milhares de pessoas que vivem em condições sub-humanas. Falas como se as pessoas que não têm casa (sim são pessoas Pedro) fossem personagens de ficção que ao fim do dia vão para casa ter com os seus familiares. Não vão. Deves ser muito novo, ou então um pequeno egocêntricozinho com a mania que quem não tem uma vida como a tua, não a tem porque não quer. Espero que te corra tudo bem no futuro e que nunca te aconteça nada que te obrigue a viver na rua. Nem ninguém que conheças. Tenho pena de ti.  


Blogger . said...

Que pessegada... Olha, aproveita e em troca pede aos sem abrigo uns conselhos para escrever humor.  


Blogger J. Salinas said...

Leitor i., é óbvio que acho que os sem-abrigo são personagens de ficção, assim ao jeito dos esquimós e outros que tais. Aliás, acho tudo o que tu, Leitor, disseste é verdadeiro, e se houvesse mais respeito pelos sem-abrigo neste blog (ou, vamos sonhar alto, nos blogs do mundo inteiro), se calhar não havia pessoas sem casa. Nem fome, nem doenças, nem ladrões, nem assassinos, nem nada de mau. Ando eu aqui a pensar que tenho conselhos válidos para acabar com problemas sérios e, afinal, passa tudo por se ter um bocadinho mais de respeito pelos sem-abrigo na Internet. É a melhor solução para todos. Para eles, sem-abrigo, que recebem na Internet o respeito que merecem enquanto seres humanos, e para nós, pessoas da Internet, que assim não temos que levantar o cu para fazer alguma coisa e nos sentirmos boa gente.  


Anonymous Anónimo said...

Este Pedro parte-me toda... Tens piada como o caracas pa! (atencao: teclado sem acentos)  


Blogger John The Revelator said...

Até ontem era um sem abrigo da zona de Portimão... Alguém me informou do teu blog, e hoje já li o diário económico e sinto-me muito melhor.
Leitor identificado... só para ti CHUPA-MOS!!!!  


Anonymous Anónimo said...

Oh Jonh... Eu sou UM leitor e não UMA leitora. Se queres que te os chupe só podes ser paneleiro! Mas nada contra, não é por isso que não mereces ser tratado como um ser humano. Mas se saíste ontem da rua ainda não deves ter tido oportunidade de lavar convenientemente o escroto. Vá, lava-te lá com Distron que eu pago-te um bicozinho na Conde Redondo. Gostas de travestis, certo? Se não levo-te ao Parque.

Pedro, desculpa lá! Aquele meu comentário foi escrito a quente. Realmente depois de ler a tua resposta percebi que afinal tu és um indivíduo especial. És mesmo bom! És o maior! Os sem-abrigo que se fodam e os esquimós que vão mamar na picha de um boi!  


Anonymous Anónimo said...

Há bois no Ártico?
E eu que pensava que eram só focas e assim...  


Blogger John The Revelator said...

Leitor identificado assim está melhor... agora já noto alguma raiva natural de um homem. É que com aquela conversa de merda parecias uma puta. Assim está melhor... já dizes asneiras e aposto que até já cospes para o chão.
Até prova em contrario, acho que este blog tem um objectivo de fazer rir a malta... esses teus comentários são dignos da revista maria. Mas esquece lá isso. Cumprimentos.
Não leves a mal....  


Blogger MiSs Detective said...

isso da revista CAIS é um caso muito esquisito.. lembro-me de há uns 2 anos, 3.. se calhar já fez 4anos terem feito um artigo sobre dinossauros na lourinha (nao dinossauros mesmo, vestigios só!) e achei muito interessante para os sem abrigo, deveras até! No entanto, muitos deles nem sequer ler sabem, como tal desconfio que os anuncios servissem de grande coisa.. De qualquer forma deve haver uns qts q sabem ler e podem ajudar, assim como assim entre artigos pelos ossos dos dinossauros e os tais classificados venham daí os classificados! A CAIS em x de se preocupar em organizar jogos entre os sem-abrigo dos olivais e os sem-abrigo de xabregas (suponho que existam nesta zona sem-abrigos, nao sei, porque não tenho nenhum amigo sem-abrigo.. é daquelas coisas, nunca calhou!) deveria então fazer reuniões semanais e ler, numa espécie de mesa redonda, o diário económico, we never know!!!
Mais uma vez o Pedro é que sabe!!  


Anonymous Anónimo said...

Então mas... já se podem dizer asneiras aqui é??  


Blogger Rantas said...

Eu só não percebi uma coisa. Que história é essa de não valer mulher com mulher, raios?  


Anonymous Anónimo said...

Até te acho um tipo com piada, e gostei da cena do kit kat e do altruísmo.
Adoro rir, fazer rir, adoro piadas, boas piadas!
Há muito que levantei o "cu" da cadeira e faço voluntariado com sem-abrigo na cidade de lisboa!
Tu deves ser mais um dos que vejo às quartas feiras à noite a caminho do Bairro Alto, ou do Hot Club que ao verem a distribuição de alimentos até viram a cara para o lado,e pensam, bora lá emborcar umas cervejas, foda***e já é tarde pra arranjar estacionamento no bairro.
Só para que saibas nunca me senti tão orgulhosa de mim, como quando ajudo quem mais precisa!  


Blogger O Criador said...

Há uma piada, daquelas que já vêm dos da génese da galhofa, que diz "Já não me ria assim desde o funeral da minha avó!" Alguém acha que quem a diz está a falar a sério? E vem mal ao mundo por isso? Então porquê estar com estas pieguices?

Se nos rirmos do holocausto ou da fome em África já não tem mal, porque estão suficientemente longe.  


Blogger Cataclismo Cerebral said...

E com tudo isto não é que a Linda Perry continua viva?!

Abraço  


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