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Olhe que não, shô Doutor! Olhe que não...

Verdades absolutas sobre basicamente tudo.
All great truths begin as blasphemies.
Nem mais. Porra. 

12 de março de 2007

Há dias assim











Há dias fadados para alguma coisa que agora não me recorda. Um adjectivo, talvez. Coisas dessas assim gramaticais. Para mim, um dia que começa com o visionamento de uma daquelas reportagens sobre ataques de pitbulls é sempre um dia especial. Ainda mais especial se torna quando um dos intervenientes directos na peça noticiosa decide usar “pitbuis” como plural dessa simpática marca de bobis. Um dos meus sonhos, um daqueles por que mais anseio desde há considerável período temporal, é precisamente aquele que me permite ouvir, ao vivo, um destes gajos que diz coisas como “então é assim, tipo, os meus pitbuis são mansinhos e coiso”. Começar o dia a ouvir “pitbuis” é revigorante. Sabemos que algo de muito especial vai acontecer. Sente-se no ar. Antes de se avançar mais, convém lembrar que sou, estatística mais que oficial e de âmbito planetário, o indivíduo que mais pessoas famosas encontra no metro. Nem me esforço minimamente para manter tal registo. É um dom. Uma dádiva. Não se consegue explicar, muito menos ensinar aos menos dotados na área. Pois bem, sabendo eu que o dia ia ser especial, corri logo para o metro. Estava mais que visto que ia encontrar um famoso incomparável. Não m’enganei, mas, verdade, verdadinha, ainda penei. Entrei, olhei, esperançoso, e o máximo que vi foi uma Non Stop. Ainda por cima com remela. Às duas da tarde. Eu também tinha, mas eu tinha acordado há 15 minutos. E, para além disso, a pasta de dentes seca que costumo ter em cerca de 80% da bochecha tem tendência para desviar atenções das remelas e afins. Felizmente, o panorama melhorou. Melhorou e muito. Foi andar mais um bocadinho, olhar para o lado e pumbas! Rão Kyao. Vestindo apenas branco, claro. Parece que, tal como em todas as fotografias que alguma vez lhe tiraram e em todas as suas aparições televisivas, vinha do treino de capoeira ou o Raul Indipwo tinha-lhe entornado vinho num jantar lá em casa e emprestado uma das suas toilettes imaculadamente alvas. Quando era mai’ novo, à eterna vestimenta branca de Rão, eu associava ainda uma outra característica. Comer pevides. Não sei porquê, mas pevides e Rão eram realidades indissociáveis. De certa forma, ver Rão, e não ver pevides, foi uma pequena desilusão. Apesar disso, um momento para sempre recordar. Acabara de ver Rão Kyao, e a minha posição de líder incontestado na arte de encontrar pessoas famosas no metro estava ainda mais cimentada. Estava-me a correr bem o dia, e estava eu deserto para encontrar alguém para poder dizer “Eh pá, vi o Rão Kyao no metro”, quando o impensável acontece: sentado num daqueles bancos de três lugares, e quando fazíamos o trajecto Anjos – Arroios, avisto Júlio Pereira. Absolutamente assombroso. Rão Kyao e Júlio Pereira. No mesmo dia. O senhor flauta de bambu e o senhor cavaquinho no mesmo dia. No mesmo metro, na mesma linha. Não fosse o Rão ter saído no Martim Moniz e eu podia mesmo ter dito “Júlio, sabes quem está ali a ler o Destak? O Rão! O Rão, carago!”. Não se pode ter tudo e convenhamos que ver Rão e Júlio, seguramente dois dos ícones mais complicados de avistar em transportes subterrâneos, num mesmo dia e espaçados por um par de minutos, já é avaria para fazer corar muito gajo com a mania que é uma autoridade nesta cena de ver pessoas famosas no metro. O dia estava ganho. Andei mais orgulhoso que naquele dia em que, na primeira semana de aulas do 5º ano, levei a minha espada do He-man e decapitei um Skeletor que havia na sala de Ciências. Era um Skeletor todo nu, mas eu reconheci-o na mesma. O ingrato do professor é que me queria dar negativa porque, dizia ele, o material escolar não é para ser vandalizado. Os heróis sempre foram incompreendidos. Onde é que matar o Skeletor é vandalizar material escolar? Enfim. Por conseguinte, o dia estava-me a correr às mil maravilhas. O meu orgulho estava nos píncaros. Porque um gajo, mesmo quando já sabe que é o melhor, precisa destas provas. Um gajo precisa dum Rão Kyao e dum Júlio Pereira no mesmo dia. Como o Scorsese, apesar de saber que é bom a fazer filmes e que ainda há raparigas de vinte e poucos anos que não se importariam de o ver nu, precisava do Oscar. A moral desta história de vida é simples, mas arrebatadora. Pá, não subestimes um dia que começa com alguém a dizer "pitbuis" na televisão. São abençoados, esses caralhos.


Blogger Filipe Pereira said...

Um dote de meter inveja.
Acredita rapaz, que se te desses a conhecer por fotografia, já haveria pelo menos umas 20 pessoas que te considerariam famoso, se por sorte ou por também serem bons na arte que recalcas no post, se esbarrassem contigo no metro.

Desculpa a franqueza mas considero-te perdido entre este blog e o anonimato do metro. Ainda por cima um metro como o de Lisboa que nem tem o mérito de fazer dos seus artistas e sem-abrigos, uns Jorge Palma da cena pública. Troca de metro ou então mostra-te ao país.

Aparece!  


Anonymous Anónimo said...

Uma nota apenas de pormenor...se a historia é veridica devias informar os leitores que já se passou há algum tempo, antes de 04 de Junho de 2006, sabes porquê?!  


Anonymous Anónimo said...

O Júlio Pereira toca bandolim e não cavaquinho  


Anonymous Anónimo said...

No entanto, nada seria mais bonito do que imaginar um mundo em que o Raul Indipwo ainda estivesse vivo, e onde pudesse tocar cavaquinho com o Júlio Pereira para todo sempre, à porta dessa grande estação de metro que é a vida.  


Anonymous Anónimo said...

Não faço a mínima de kem é o Raul Indipwo ou o Júlio Pereira...mas se é pa reinar, tamos kntg Pedro! E viva o Metro!  


Anonymous Anónimo said...

mais um cromo a gabar-te... mas é real e duro, porque invejável, que comparável actualmente só o Dr. House.

e o essencial está dito.
Cortez Oliveira  


Blogger Netwalker said...

Há quem não conheça ... Julio Pereira, mas paciência!

Eu nunca ouvi snoop dog.... só snoopy!  


Anonymous Anónimo said...

Para o anónimo que disse que o Júlio tocava só Bandolim:

Informe-se primeiro, ele toca uma série de instrumentos na sua maioria cordofones, na verdade lançou um disco intitulado Cavaquinho e outro chamado Braguesa e nos quais ele toca quase a totalidade dos instrumentos desses dois álbuns, incluindo baixo, guitarra, e claro Cavaquinho e Braguesa etc..

http://www.juliopereira.pt/BIOGRAFIA/Discos/Discos.htm  


Anonymous Anónimo said...

Estou indecisa... não sei se gosto mais do plurar "pitbuis" ou do singular "teni".  


Anonymous Anónimo said...

Snoop Dogg já ouvi. Acho k foi dakelas fases de crescimento k me deram suficiente preparação e uma imaginação mais fértil do k a de um "Netwalker" para nick.  


Anonymous Anónimo said...

És um felizardo 3ºanónimo!

Eu cá nem me lembro da minha fase de crescimento e devo ser da familia do Jaime Pacheco, só tenho um neurónio, daí não ter fertilidade melhor do que para escolher Netwalker.  


Anonymous Anónimo said...

Bem, devo dizer que também sou versada na arte de ver pessoas famosas, mesmo que não seja no metro (normalmente até é no supermercado - por exemplo, a Marisa estava atrás de mim na fila do Pingo Doce lá do bairro a comprar pensos higiénicos e leite de marca branca). Entre aquela gente toda que tem a mania que é giro morar num bairro típico em Lisboa (pra falar verdade às vezes é uma soda porque nunca há lugar pró carro) vê-se muito 'famososinho' - ou melhor, pessoas que há uns tempos até apareceram na TV.
Quanto ao Júlio Pereira nunca o vi, mas o filho dele, quando eu tinha 11 anos ofereceu-me o seu casaco para eu o vestir numa noite que estava fresquinha...  


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